Noticias Atualizadas: Lucro da Vale despenca 81% e decepciona o mercado

Envie para um amigo | Quero me descadastrar ou alterar meus dados

31 de julho de 2009

Nesta edição: Vale, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Embraer, OceanAir, Azul, UBS, UBS Pactual, Google, Yahoo!, Louis Dreyfus Commodities, Santelisa Vale, Kasinski, Sadia, Perdigão, Vivo



Lucro da Vale despenca 81% e decepciona o mercado Redução nos preços do minério de ferro e desvalorização do dólar geraram o pior resultado para o segundo trimestre desde 2003 A queda de 81% no lucro da Vale no segundo trimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado surpreendeu o mercado. Os analistas não esperavam que a redução no preço do minério de ferro e a desvalorização do dólar fossem impactar tanto os resultados da mineradora. A expectativa era de que a companhia registrasse algo em torno de R$ 4 bilhões de lucro líquido, mas o valor contabilizado foi de apenas R$ 1,46 bilhão. O montante é 53% menor que o registrado no trimestre anterior. Os resultados desse trimestre também foram impactados pelo aumento de US$ 1,3 bilhão no imposto de renda a pagar. Por outro lado, tiveram o efeito positivo do ganho com derivativos e da venda das ações da Usiminas. Após os susto, os analistas apontam o segundo trimestre como o pior do ano para a mineradora. Daqui pra frente, a expectativa é de melhora. A corretora Ativa acredita que a Vale sairá fortalecida da crise. A corretora do Itaú lembra que os preços do minério de ferro no mercado à vista estão em cerca de US$ 95 por tonelada, o que representa um prêmio de 20% em relação ao acertado nos contratos de longo prazo com as siderúrgicas. Além disso, a Vale continua buscando novas oportunidades para expansão, e estuda a compra da mineradora africana Camec.

Bancos apontam fim da recessão no Brasil

Estudos do Bradesco e do Itaú Unibanco mostram que a crise no país acabou em maio

Cresce o time de especialistas que apontam o fim da recessão no Brasil. Bradesco e Itaú Unibanco constataram por pesquisas com metodologias distintas que a crise no país teve um ponto final em maio. Octavio de Barros, diretor de Pesquisas do Bradesco, disse ao jornal Folha de S.Paulo que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a sair da crise.

A opinião de Barros confere com a de especialistas ouvidos por EXAME. Após dois trimestres seguidos de retração, a expectativa para os próximos 12 meses é de crescimento entre 2,9% e 4,5%. Uma pesquisa realizada por EXAME junto a 360 empresas com atuação no Brasil revela dados surpreendentes: 70% delas retomaram, não alteraram ou estão ampliando seus investimentos.

Em ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indica o fim do ciclo de corte nos juros. Na última reunião, o Comitê chegou a pensar em não alterar a taxa básica da economia (Selic), mas optou por promover mais um corte, de 0,5 ponto percentual, baixando os juros para 8,75% ao ano. A postura daqui para a frente será cautelosa, de forma a promover uma recuperação consistente da economia nos próximos meses.

Santander fará nova oferta de ações no Brasil Banco espanhol colocará à venda 15% da unidade brasileira	O banco espanhol Santander fará uma nova oferta de ações na Bovespa. A operação envolverá 15% da unidade brasileira e, segundo o jornal Financial Times, deverá acontecer nos próximos três meses. Analistas estimam que a oferta poderá ultrapassar R$ 10 bilhões, tornando-se a maior da história no país. Em relatório, o Citigroup avaliou em US$ 30 bilhões os negócios no Brasil, que incluem as operações do Banco Real, adquiridas pelo Santander. No primeiro semestre, as amortizações de ágio decorrentes das compras realizadas pelo banco no Brasil reduziram para R$ 1,05 bilhão o lucro da instituição, valor 44% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.

UBS busca executivos para reabrir banco no Brasil Três meses após vender o UBS Pactual, suíços voltam a se interessar pelo país	Apenas três meses após vender o UBS Pactual por US$ 2,5 bilhões à BTG - firma de investimentos fundada por André Esteves, fundador do Pactual - o banco de investimento UBS estuda reativar suas operações no Brasil. A instituição não confirma, mas executivos do mercado dizem que nada impede o banco suíço de abrir um concorrente para o UBS Pactual. O interesse pelo Brasil pode ser resultado da retomada do mercado de capitais local. Em junho, a Visanet realizou o maior IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) do ano no mundo até então, ao captar R$ 7,3 bilhões. A operação permitiu à Visa elevar seus lucros em 73% no trimestre.

Embraer inicia construção de nova fábrica em Portugal

No Brasil, OceanAir vai administrar a VarigLog

A Embraer prepara-se para expandir seus negócios no exterior. Serão investidos 48 milhões de euros na construção de uma nova unidade industrial em Portugal, que deve ser inaugurada em 2011. No Brasil, o empresário German Efromovich, dono da OceanAir, vai administrar a VarigLog. Para quitar dívidas de curto prazo, o empresário vai aportar cerca de US$ 30 milhões na empresa.

Petrobras, Vale e Itaú Unibanco entre as 100 maiores do mundo Empresas brasileiras estão entre as que mais cresceram no primeiro semestre	As grandes empresas brasileiras estão entre as que mais se valorizaram no mundo no primeiro semestre, avançando no ranking das 300 maiores empresas globais, por valor de mercado, elaborado pela consultoria Ernst & Young. O levantamento mostrou a recuperação das empresas depois do ponto mais crítico da crise mundial, no final do ano passado. O número de empresas brasileiras na lista passou de cinco, em dezembro, para oito, em janeiro, com três delas entre as 100 maiores: Petrobras (8º lugar), Vale (46º) e Itaú Unibanco (76º). Entre as 300 maiores, ainda aparecem o Bradesco (120º), a AmBev (147º), o Banco do Brasil (204º) e o Banco Santander do Brasil (254º).

Microsoft e Yahoo! se unem contra o Google Parceria deverá gerar poucas mudanças nos negócios no Brasil	Para combater a supremacia do Google no serviço de buscas pela internet, a Microsoft e o Yahoo! finalmente fecharam uma parceria. Pelos próximos dez anos, o Yahoo! utilizará a tecnologia de buscas da Microsoft, batizada de Bing, e seu sistema de vendas de anúncios online. Com a audiência do Yahoo!, a Microsoft elevará sua participação no mercado americano de buscas de 8% para 28%. A notícia foi bem recebida pelos executivos de publicidade, que esperam maior eficiência nos serviços vinculados ao sistem de buscas. No Brasil, a parceria provocará poucas mudanças no modelo comercial utilizado pelas duas empresas, uma vez que a Microsoft já utiliza o Yahoo! para negociar com grandes anunciantes.

Toyota segue líder do setor automobilístico, mas por pouco

Vendas da GM superaram as da montadora japonesa no segundo trimestre

A Toyota manteve a liderança em vendas globais no primeiro semestre, mas por uma pequena vantagem em relação à General Motors (GM), que registrou um volume de vendas superior ao de sua concorrente japonesa durante o segundo trimestre.

A Toyota vendeu 3,56 milhões de veículos no mundo nos primeiros seis meses de 2009, levemente acima dos 3,55 milhões de veículos comercializados pela GM. No segundo trimestre, a GM assumiu a liderança das vendas, com 1,94 milhão de veículos vendidos, ante 1,80 milhão da Toyota.

Já a Volkswagen - que viu seu lucro líquido despencar 81% no primeiro semestre, para US$ 695 milhões - ficou com a terceira posição.

	Santelisa e Dreyfus perto da fusão A multinacional francesa Louis Dreyfus Commodities e a Santelisa Vale, segunda maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, anunciaram ter chegado a um acordo sobre os termos da associação entre elas. Também foi concluído um entendimento sobre a reestruturação de dívida com os principais credores da Santelisa.
Sadia recebe R$ 950 milhões A Sadia recebeu da Brasil Foods (Perdigão) R$ 950 milhões para quitar suas dívidas de curto prazo, que somam R$ 3,2 bilhões. O dinheiro é proveniente da oferta de ações, que levantou R$ 5,3 bilhões. A tranferência foi autorizada pelo Cade.	A conta fica para o próximo governo O Brasil só deverá conseguir colocar suas contas em ordem após as eleições de 2010. O preço que o país pagou para sair da crise antes dos outros foi o aumento da dívida pública e, no mercado, começa a se formar o consenso de que isso não será revertido neste governo.	Chinesa compra Kasinski A chinesa CR Zongshen comprou 100% do capital da fabricante de motocicletas brasileira Kasinski. O negócio, antecipado por EXAME, faz parte dos planos da companhia de investir US$ 80 milhões no mercado brasileiro.
Lucro da Vivo cresce 40% A Vivo contabilizou no segundo trimestre um aumento de 40% em seu lucro líquido na comparação com o trimestre anterior. Os ganhos somaram R$ 172,4 milhões, refletindo o aumento na base de clientes e a restituição de impostos.	Apimec cobrará de investidor A Apimec, associação do mercado de capitais que realiza periodicamente apresentações de empresas para investidores e analistas, vai passar a cobrar R$ 50 de entrada para essas reuniões, que hoje são gratuitas. A regra valerá a partir de 10 de agosto.	Philips compra Saeco De olho no mercado de cafeteiras, a Philips comprou a rede italiana Saeco, uma das líderes mundiais em máquinas de café expresso. A aquisição fortalecerá os negócios da Philips no segmento, ampliando sua liderança.